domingo, 26 de fevereiro de 2012

Para o ensino médio.

A Paz e a Lei
A paz!! Não a vejo. Não há, como não pode existir, senão uma, é a que assenta na lei, na punição dos crimes, na responsabilidade dos culpados, na guarda rigorosa das instituições livres. Outra espécie de paz, não é senão a paz da servidão, a paz indigna e aviltante dos países oprimidos, a paz abjeta que a nossa índole, o nosso regímen essencialmente repelem, a paz que humilha todos os homens honestos, a paz que nenhuma criatura humana pode tolerar sem abaixar a cabeça envergonhada.
Esta não é a paz que eu quero. Quando peço a observância da lei, é justamente porque a lei é o abrigo da tolerância e da bondade. Não há outra bondade real, Srs. Senadores, senão aquela que consiste na distribuição da justiça, isto é, no bem distribuído aos bons e no castigo dispensado aos maus.
E a tolerância, que vem a ser senão a observância da igualdade legal? Porventura temos sido nós iguais perante a lei, neste regímen, nestes quatro anos de Governo, especialmente? Há algum chefe de partido, há algum cabeça de grupo, algum amigo íntimo da situação, algum parente ou chegado às autoridades, que não reúna em sua pessoa um feixe de regalias, que não goze de prerrogativas especiais, que não tenha em torno de sua individualidade uma guarda e defesa régia ou principesca?
Essa excursão, Srs. Senadores, me levaria longe e poderia por si só absorver os meus poucos minutos de tribuna nesta sessão.
Nas poucas vezes em que me atrevo a perturbar a serenidade absoluta deste recinto e a contrariar os sentimentos dos meus honrados colegas, tenho consciência, Sr. Presidente, de ter-me colocado sempre em um plano, que não se opõe nem à tolerância nem à paz; que é, ao contrário, o terreno onde a paz e a tolerância se devem estabelecer, o único terreno em que nós todos nos poderíamos aproximar e dar-nos as mãos, o terreno da reconciliação com a lei, com a República, com as suas instituições constantemente postergadas, debaixo da política sem escrúpulos da atualidade.
Rui Barbosa. ''Discurso no Senado Federal, em 13 de outubro de 1914''. In: Antologia. Rio de Janeiro, Ediouro, s.d., p. 58-59 (com adaptações).
01. Com base no texto, assinale a opção correta.
A)    A paz desejada pelo autor é a da servidão e a dos países oprimidos.
B)    Com base nas argumentações do autor, é correto afirmar que existem, pelo menos, duas espécies de paz.
C)    O tema do discurso é extemporâneo, uma vez que, quando o pronunciou o autor, o mundo passava por um longo período de paz.
D)    Infere-se da afirmação ''A paz!! Não a vejo.'' que o autor tinha uma grave deficiência visual.
E)    Qualquer espécie de paz é melhor do que a guerra.
      
02. De acordo com as ideias contidas no texto, assinale a opção correta.
A)    Lei e bondade são dois conceitos antagônicos.
B)    Ser tolerante é reconhecer que os indivíduos são diferentes perante a lei.
C)    O nepotismo não existia no Brasil de 1914.
D)    Na época a que se refere o texto, os políticos brasileiros não gozavam de qualquer mordomia.
E)    Ser realmente bom é recompensar os bons e punir os maus.
      
03. Em relação ao texto, assinale a opção correta.
A)    Com o seu discurso, o orador desejava conquistar o apoio do Senado Federal para uma viagem que desejava fazer.
B)    O autor sempre esteve em perfeita concordância com os seus colegas senadores.
C)    Em 1914, as instituições republicanas já estavam solidamente implantadas.
D)    O texto é primordialmente um apelo em prol do restabelecimento da paz e da tolerância entre os senadores.
E)    Infere-se do texto que, entre os senadores de 1914, imperava a paz do comodismo.
      
04. De acordo com as ideias do texto, assinale a opção correta.
A)    No que diz respeito ao conteúdo, o discurso de Rui Barbosa é ainda muito atual.
B)    Os destinatários do discurso são os Senadores e o Presidente da República.
C)    O texto é essencialmente narrativo.
D)    Por tratar-se de um discurso, predomina, no texto, o registro informal.
E)    O texto contém muitas repetições de palavras e de estruturas sintáticas, sendo correto deduzir que o autor tem um domínio precário da língua portuguesa e de seus recursos expressivos.
      
05. No texto, haverá alteração de sentido, caso se substitua
A)    ''abjeta'' por ignóbil.
B)    ''regímen'' por regime. 
C)    ''feixe'' por fecho.
D)    ''deste recinto'' por desta Casa.
E)    ''postergadas'' por preteridas.
      
06. Os períodos abaixo foram reescritos. Assinale a opção cujo sentido é diferente do encontrado no texto.
A)    Outra espécie de paz, é somente a paz da servidão (...)
B)    (...) a paz que nenhuma criatura humana pode tolerar sem, envergonhada, abaixar a cabeça.
C)    Quando peço o abrigo da tolerância e da bondade, é justamente porque a observância da lei é a lei.
D)    (...) Srs. Senadores, essa excursão me levaria longe e, por si só, poderia absorver, nesta sessão, os meus poucos minutos de tribuna.
E)    (...) que é, ao contrário, o terreno em que a paz e a tolerância se devem estabelecer, o único terreno onde nós todos nos poderíamos aproximar e dar-nos as mãos (...)
      
07. Assinale a opção cujo período reescrito está incorretamente pontuado.
A)    A paz, não a vejo!
B)    A paz!! Não há, como não pode existir, senão uma: a que assenta na lei.
C)    Outra espécie de paz não é senão a paz da servidão.
D)    Porventura temos sido nós, iguais perante a lei, neste regímen, nestes quatro anos de Governo, especialmente?
E)    Essa excursão, Srs. Senadores, me levaria longe e poderia, por si só, absorver os meus poucos minutos nessa sessão.
      
08. Assinale a opção incorreta.
A)    Em ''é a que assenta na lei'', o vocábulo ''a'' tem como referente ''A paz''.
B)    O vocábulo ''aquela'' tem como referente ''bondade real''.
C)    Em ''que vem a ser senão'', o vocábulo ''a'' tem como referente ''a tolerância''.
D)    O vocábulo ''si'' tem como referente ''Essa excursão''.
E)    O vocábulo ''suas'' tem como referente ''a República''.
      
09. Assinale a opção em que o(s) fragmento(s) sublinhado(s) está(ão) substituído(s) incorretamente por pronome(s).
A)    ''Quando peço a observância da lei, é justamente porque a lei é o abrigo da tolerância e da bondade'' / Quando peço a sua observância, é justamente porque ela é o abrigo da tolerância e da bondade
B)    ''(...) aquela que consiste na distribuição da justiça, isto é, no bem distribuído aos bons (...)'' / (...) aquela que consiste na distribuição da justiça, isto é, no bem distribuído-lhes (...)
C)    ''(...) Há algum chefe de partido (...) que não goze de prerrogativas especiais (...)?'' / (...) Há algum chefe de partido (...) que não goze delas (...)?
D)    ''Nas poucas vezes em que me atrevo a perturbar a serenidade absoluta deste recinto e a contrariar os sentimentos dos meus honrados colegas, tenho consciência, Sr. Presidente, de ter-me colocado sempre em um lano, que não se opõe nem à tolerância nem à paz (...)'' / Nas poucas vezes em que me atrevo a perturbá-la e a contrariá-los, tenho consciência, Sr. Presidente, de ter-me colocado sempre em um plano, que não se opõe nem à tolerância nem à paz (...) 
E)    ''(...) o único terreno em que nós todos nos poderíamos aproximar e dar-nos as mãos (...)'' / (...) o único terreno onde nós todos nos poderíamos aproximar e dar-no-las (...)
      
10. Assinale a opção que contém o período corretamente reescrito.
A)    A paz!! Não vejo-a.
B)    Essa não é a paz que quero.
C)    Porventura nos temos sido iguais perante a lei, neste regímen, nestes quatro anos de Governo, especialmente?
D)    Essa excursão, Srs. Senadores, levar-me-ia longe e poderia por si só absorver os meus poucos minutos de tribuna nesta sessão.
E)    Nas poucas vezes em que atrevo-me a perturbar a serenidade absoluta desse recinto e a contrariar os sentimentos dos meus honrados colegas, tenho consciência, Sr. Presidente, de ter-me colocado sempre em um plano, que se não opõe nem à tolerância nem à paz;
      
Abaixo, você confere o gabarito dos exercício de interpretação de textos para Ensino Médio que fazem parte deste post. Se puder, e quiser, compartilhe este exercício nas redes sociais e clique no ícone G+ logo abaixo. Obrigado.

GABARITO

01-B | 02-E | 03-E | 04-A | 05-C | 06-C | 07-D | 08-C | 09-B | 10-D

Para os meus colegas educadores que,assim como eu já ouviu isto dos alunos!!!

 Aula chata do começo ao fim

By Roseli Brito

“ Professora, sua aula é muito chata”, “A hora não passa na sua aula” , “Detesto a aula daquela Professora”. Quem não ouviu ou falou alguma destas frases que atire a primeira pedra.
Lembra que no primeiro artigo desta série “ 5 Erros que os Professores cometem e como evitá-los”, falei que são vários os motivos que fazem com que surja a indisciplina na sala de aula, porém que alguns desses motivos somos nós mesmos, enquanto Educadores que, inconscientemente, ou conscientemente, cometemos por meio das nossas práticas, postura e falta de procedimentos.
Erros que se, devidamente, ajustados, minimizarão em muito vários problemas de indisciplina que ocorrem dentro da sala de aula e desgastam muito o Professor.
Os Erros que vimos até agora foram:
- Erro no. 1: Disciplinar toda a sala de uma só vez
- Erro no. 2: Bater boca com o aluno, ao invés de dar a direção do que fazer
- Erro no. 3: Ameaçar, ameaçar, ameaçar e …….não cumprir
- Erro no. 4: Uso de linguagem não verbal de forma inadequada
Como foi pontuado em cada um dos artigos acima, os ajustes requeridos envolvem mudança em algum dos seguintes quesitos: mudança de postura, procedimentos ou práticas pedagógicas. Todas as sugestões apontadas nos 5 Erros envolvem, na maioria das vezes, correções rápidas de serem feitas e implementadas.
O próximo erro trata de mudança de procedimentos e práticas pedagógicas, pois está diretamente ligado ao Plano de Aula, e geralmente o mesmo não contempla que o aluno fique ocupado e motivado todo o tempo da aula.
O Erro no. 5 : “ Aula chata do começo ao fim” é a fala no. 1 de grande parte dos alunos, principalmente do Fundamental II em diante. Mas o que é uma aula “chata” ? Para responder a esta questão convoco VOCÊ a pensar qual foi a aula mais massante, interminável, sem sentido, estafante, que você já teve na sua vida.
Agora, pense: por quê foi massante? Sem sentido? Chata? O Professor falou demais? Não alinhavou o conteúdo teórico com casos práticos ? Não intercalou dinâmicas e atividades práticas ? Não propôs desafio ? Não demonstrou o uso daquele conhecimento na solução de um caso real ? Não variou na metodologia? Repetiu o mesmo tipo de aula várias vezes ? Não promoveu a interação e participação do grupo ? O Professor valorizou mais a “decoreba” que o aprendizado real ? O Professor levantou as necessidades e expectativas do grupo ? O Professor verificou se as suas necessidades estavam sendo atendidas? O Professor monitorou o seu aprendizado ? O Professor elaborou um plano para dar conta das dificuldades do grupo ? O Professor possibilitou que o grupo praticasse os novos aprendizados propondo tarefas significativas e diferenciadas ?
Como você já constatou, todas as questões acima são extremamente relevantes quando realizamos um curso. No caso do ensino de adultos, a ciência que dá conta disso é a Andragogia, mas isso é tema para outro artigo.
No caso do ensino de crianças e jovens, é a Pedagogia que deve dar conta de responder pela organização da aula, do ambiente, da criação de procedimentos, do uso de diversificadas práticas de ensino, enfim, ferramentas que você precisa lançar mão para atingir o objetivo: fazer os alunos aprenderem.
Convido você a olhar para o seu Plano de Aula e fazer as mesmas perguntas que fiz acima. Só deste modo você saberá onde estão os gargalos que dificultam o melhor andamento das suas aulas, e ao descobrí-los poderá criar novas formas de contorná-los, ou melhor ainda “ desatá-los”, implementando novas práticas de ensino, mudando sua postura no trato com os alunos, o que inevitavelmente trará um renovo ao seu dia a dia e às suas aulas.
Se após a realização desse “ Raio X” no seu Plano de Aula, ainda restar dúvidas, pergunte aos seus alunos. Isso mesmo, realize uma Enquete e pergunte o que, ao ver deles, torna uma aula chata. Desta forma você terá o feedback diretamente daqueles que assistirão as suas aulas: os alunos.
Sua aula já foi chata e agora não é mais? Compartilhe as novas práticas que você implementou. E se você ainda está amargando os comentários malvados dos alunos por causa das aulas que eles reclamam, saiba que compartilhando você corre o risco de receber muitas idéias para implementar.

Texto narrativo:diferentes tipos de narrador.

dicas de redação para o enem 2012
Esse é verdadeiro! #ironia
Ao produzir um texto, você poderá fazê-lo de duas maneiras diferentes, contar uma história em que você participa ou contar uma história que ocorreu com outra pessoa. Essa decisão determinará o tipo de narrador a ser utilizado em seu texto.

NARRADOR EM 1ª PESSOA

Conhecido também por narrador-personagem, é aquele que participa da ação. Pode ser protagonista quando personagem principal da história, ou pode ser alguém que presenciou o fato, estando no mesmo local. Vejam um exemplo de narrador-protagonista.
“Era noite, voltava sozinho para casa, o frio estava insuportável, não havia ninguém naquela rua sombria, ouvi um barulho estranho no muro ao lado, assustei-me...”
Já o trecho abaixo é exemplo de narrador em 1ª pessoa.
“Estava debruçado em minha janela quando vejo na esquina um garoto magro roubando a carteira de um pobre velho...”

NARRADOR EM 3ª PESSOA

Conhecido também por narrador-observador, é aquele que não participa da ação.
“João estava voltando para casa, à noite, sozinho, quando ouviu, próximo ao muro, um barulho estranho.”

EXERCÍCIOS SOBRE NARRADOR

1) Indique o tipo de narrador dos textos a seguir:
a) Alguns homens aparecem na porta do restaurante com suas esposas.
b) No meio do caminho resolvi parar, sentia-me mal, provavelmente por causa do peixe que comi no almoço.
c) O menino foi abrindo o caminho com um pedaço de ferro.
d) Quando cheguei dei de cara com minha mãe na sala.
2) Passe para narrador-personagem:
“De madrugada o homem acordou com a chuva castigando o telhado de zinco do seu barraco. Rolou na cama, virou pro lado, fingiu que não era com ele. Mas não tinha jeito de dormir. Experiente, o homem sabia que aquela chuva grossa e insistente era com ele mesmo.”
3) Elabore um parágrafo com narrador-observador (3ª pessoa), seguindo a orientação:
Um rapaz tentando pegar sua bola que caiu no quintal do vizinho. Este é muito nervoso e tem um cachorro que adora morder bolas e dono de bolas.

Este post serve de alerta para todos.


Hoje vou brincar de professor de matemática. Vou passar alguns problemas para vocês resolverem.
Problema nº1
Um professor trabalha 5 horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia?
Resposta: 200 alunos dia.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por Mês?
Resposta: 4.400 alunos por mês.
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveram pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos, diárias. Quanto é a fatura do professor por dia?
R: 160,00 reais diários
Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor?
R: Final do mês ele terá a faturado R$ 3.520,00.
Problema nº2
Se o piso salarial for de 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento?
Resposta: aproximadamente 0,27 mensais
(vixe, valemos menos que o pacote de pipoca)... continuando os exercícios...
Problema nº3
Um professor de padrão de vida simples, solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis :
Sindicato: R$12,00reais
Aluguel: R$350,00reais ( pra não viver confortável)
Agua/energia elétrica: R$100,00 reais (usando o mínimo)
Acesso à internet: R$60,00 reais
Telefone: R$30,00 reais (com restrições de ligações)
Instituto de previdência: R$150,00 reais
Cesta básica: R$500,00 reais
Transporte: sem dinheiro
Roupas: promocionais
Quanto um professor gasta em um mês?
Total das despesas: R$1202,00
Qual o saldo mensal de um professor?
Saldo mensal: R$1187,00 - 1202= -15 reais, passando necessidades
Agora eu te pergunto:
Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana? 
Quanto o professor poderá gastar com estudos, livros, revistas, etc?
Quanto vale o trabalho de um professor???
Isso é bom para o aluno???
Isso é bom para a educação pública do Brasil???

Agora olhem a pérola que o Sr. Cid Gomes, Governador do Ceará, disse:
"Quem quiser dar aula faça isso por gosto, e não pelo salário. Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado."

SE VOCÊ ACHA QUE O GOVERNADOR DEVE ABRIR MÃO DE SEU SALÁRIO E GOVERNAR POR AMOR, PASSE PARA A FRENTE!
CAMPANHA
"Cid, doe seu SALÁRIO e governe por AMOR !"
Vamos espalhar isso aos 4 ventos e aumentar a campanha:
DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS, MINISTROS, DOEM SEUS SALÁRIOS E TRABALHEM POR AMOR!
__._,_.___
 

 
 
 
 
 

Este texto foi enviado pela minha irmã.Obrigada querida!!







10 metas para 2012:
 
1)   Não arrumar problemas.



2)        Encarar desafios.
 




3)        Concentrar-se no trabalho. 




4)        Fazer exercícios. 





5)        Ajudar o proximo, 




6)        Cuidar dos amigos. 




7)        Estar preparado para dias difíceis. 



8)        Descansar mais. 


  
9)        Acreditar q nada é impossível. 




e...



10)        Sorrir sempre. 











Literatura-Arcadismo

Alguns exercícios sobre Arcadismo com gabarito para quem prestará vestibular ou se prepara para o ENEM.

Exercícios sobre arcadismo com gabarito


1) (UF - PR) - "Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que vive de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelado e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!"
A presente estrofe reflete a temática predominante no período:
a) romântico
b) parnasiano
c) arcádico
d) simbolista
e) modernista

2) (UF - PR) - "Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que vive de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelado e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!"
O texto tem traços que caracterizam o período literário ao qual pertence. Uma qualidade patente nesta estrofe é:
 
a) o bucolismo;
b) o misticismo;
c) o nacionalismo;
d) o regionalismo;
e) o indianismo.
3) (Fuvest) - I. "Porque não merecia o que lograva,
Deixei, como ignorante, o bem que tinha,
Vim sem considerar aonde vinha,
Deixei sem atender o que deixava."
II."Se a flauta mal cadente
Entoa agora o verso harmonioso,
Sabei, me comunica este saudoso
Influxo a dor veemente;
Não o gênio suave,
Que ouviste já no acento agudo e grave."
III."Da delirante embriaguez de bardo
Sonhos em que afoguei o ardor da vida,
Ardente orvalho de febris pranteios,
Que lucro à alma descrida?"
Cada estrofe, a seu modo, trabalha o tema de um bem, de um amor almejado e passado ou perdido. Avaliando atentamente os recursos poéticos utilizados em cada uma delas podemos dizer que os movimentos literários a que pertencem I, II e III são respectivamente:
a) barroco - arcadismo - romantismo.
b) barroco - romantismo - parnasianismo.
c) romantismo - parnasianismo - simbolismo.
d) romantismo - simbolismo - modernismo.
e) parnasianismo - simbolismo - modernismo.

4) (Cescem) - O Arcadismo, didaticamente, inicia-se, no Brasil, em 1768:
a) com a fundação de Arcádia de Lusitana.
b) com a publicação de poemas de Cláudio Manuel da Costa (em Lisboa) e pela fundação da Arcádia Ulissiponense.
c) com a publicação dos poemas de Cláudio Manuel da Costa (em Lisboa) e pela fundação da Arcádia Ultramarina.
d) pela vinda da família real para o Brasil.
e) nenhuma das anteriores.
5) (Ufsc) - Considere as afirmativas sobre Barroco e o Arcadismo:
1. Simplificação da língua literária – ordem direta – imitação dos antigos gregos e romanos.
2. Valorização dos sentidos – imaginação exaltada – emprego dos vocábulos raros.
3. Vida campestre idealizada como verdadeiro estado de poesia-clareza-harmonia.
4. Emprego freqüente de trocadilhos e de perífrases – malabarismos verbais – oratória.
5. Sugestões de luz, cor e som – antítese entre a vida e a morte – espírito cristão antiterreno.
Assinale a opção que só contém afirmativas sobre o Arcadismo:
a) 1, 4 e 5
b) 2, 3 e 5
c) 2, 4 e 5
d) 1 e 3
e) 1, 2 e 5
6) (Puc rj) - Qual dessas afirmações não caracterizava a poesia arcádica realizada no Brasil no século XVIII?
a) Procurava-se descrever uma atmosfera denominada locus amoenus.
b) A poesia seguia o lema de “cortar o inútil” do texto.
c) As amadas eram ninfas, lembrando a mitologia grega e romana.
d) Os poetas da época não se expressaram no gênero épico.
e) Diversos poemas foram dedicados a reis e rainhas, e tinham um objetivo político.
7) (Mackenzie) - Apontar a alternativa correta:
a) Tomás Antônio Gonzaga cultivou a poesia satírica em O Desertor.
b) Na obra Cartas Chilenas, temos uma sátira contra a administração de Luís da Cunha Menezes.
c) Nessa obra o autor se disfarça sob o nome de “Doroteu”
d) Para maior disfarce, o autor de Cartas Chilenas faz passar a ação na cidade do Rio de Janeiro.
e) Tomás Antônio Gonzaga tinha o pseudônimo de “Doroteu”.
8) (Santa Casa SP)
Texto I
“É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.”
Texto II
“Depois que nos ferir a mão da morte,
ou seja neste monte, ou noutra serra,
nossos corpos terão, terão a sorte
de consumir os dous a mesma terra.”
O texto I é barroco; o texto II é arcádico. Comparando-os, é possível afirmar que os árcades optaram por uma expressão:
a) impessoal e, portanto, diferenciada do sentimentalismo barroco, em que o mundo exterior era projeção do caos interior do poeta.
b) despojada das ousadias sintáticas da estética anterior, com predomínio da ordem direta e de vocábulos de uso corrente.
c) que aprofunda o naturalismo da expressão barroca, fazendo que o poeta assuma posição eminentemente impessoal.
d) em que predominam, diferentemente do Barroco, a antítese, a hipérbole, a conotação poderosa.
e) em que a quantidade de metáforas e de torneios de linguagem supera a tendência denotativa do Barroco.
9) (Cescem) - “Alguém há de cuidar que é frase inchada
Daquela que lá se usa entre essa gente
Que julga, que diz muito, e não diz nada.
O nosso humilde gênio não consente,
Que outra coisa se diga mais, que aquilo
Que só convém ao espírito inocente.”
Os versos de Cláudio Manuel da Costa lembram o fato de que:
a) a expressão exata, contida, que busca os limites do essencial, é traço da literatura colonial brasileira e dos primeiros movimentos estéticos pós-Independência.
b) o Barroco se esforçou por alcançar uma expressão rigorosa e comedida, a fim de espelhar os grandes conflitos do homem.
c) o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à expressão intrincada a aos excessos do cultismo do Barroco.
d) o Romantismo, embora tenha refugado os rigores do formalismo neo-clássico, tomou por base o sentimentalismo originário desse movimento estético.
e) o Romantismo negou os rigores da expressão clássica e lusitana, mas incorporou a tradição literária da poesia colonial.
10) (Ffsc) - Os autores árcades brasileiros apresentam uma obra divorciada das necessidades brasileiras, na segunda metade do século XVIII. Como processo de defesa à liderança do público, tais letrados criam:
a) poemas de profundo subjetivismo;
b) os contos regionais de mineração;
c) a dialética;
d) as academias;
e) a literatura romântica.
11) (Cescea) - “A poesia parece fenômeno mais vivo e autêntico (...) por ter brotado de experiências humanas palpitantes”. (Ele) “é dos raros poetas brasileiros, certamente o único entre os árcades, cuja vida amorosa importa para a compreensão da obra.”
“O lírico ouvidor soltava os seus amores em liras apaixonadas, que tinham, naquele ambiente de Vila Rica, um sabor novo e raro.”
Assim a crítica literária tem-se manifestado sobre o poeta:
a) Cláudio Manuel da Costa
b) Tomás Antônio Gonzaga
c) Alvarenga Peixoto
d) Gonçalves de Magalhães
e) Basílio da Gama
12) (Puc) - Relacione as colunas:
1.Glauceste Satúrnio
2.Alcindo Palmirendo
3.Dirceu
4.Termindo Sipílio
5.Lereno
( ) Tomás Antônio Gonzaga
( ) Cláudio Manuel da Costa
( ) Basílio da Gama
( ) Caldas Barbosa
( ) Silva Alvarenga

a) 3, 1, 5, 2, 4
b) 3, 1, 4, 5, 2
c) 1, 2, 3, 4, 5
d) 3, 2, 4, 1, 5
e) 3, 1, 4, 2, 5
13) (Fatec) - "Voltaram à baila os deuses esquecidos, as ninfas esquivas, as náiades, as oréades e os pastores enamorados, as pastoras insensíveis e os rebanhos numerosos das bucólicas de Teócrito e Virgílio."
(Ronald de Carvalho, PEQUENA HISTÓRIA DE LITERATURA BRASILEIRA)
O trecho acima refere-se ao seguinte movimento literário:
a) Romantismo.
b) Barroco.
c) Arcadismo.
d) Parnasianismo.
e) Naturalismo.
14) (Ufviçosa) - Leia o texto a seguir e faça o que se pede:
Ornemos nossas testas com as flores
E façamos de feno um brando leito;
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre,
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
(TAG, MD, Lira XIV)
Todas as alternativas a seguir apresentam características do Arcadismo, presentes na estrofe anterior, EXCETO:
a) Ideal de ÁUREA MEDIOCITAS, que leva o poeta a exaltar o cotidiano prosaico da classe média.
b) Tema do CARPE DIEM - uma proposta para se aproveitar a vida, desfrutando o ócio com dignidade.
c) Ideal de uma existência tranquila, sem extremos, espelhada na pureza e amenidade da natureza.
d) Fugacidade do tempo, fatalidade do destino, necessidade de envelhecer com sabedoria.
e) Concepção da natureza como permanente reflexo dos sentimentos e paixões do "eu" lírico.
15) (Ufviçosa) - Leia o fragmento de texto a seguir e faça o que se pede:
Esprema a vil calúnia muito embora
Entre as mãos denegridas, e insolentes,
Os venenos das plantas,
E das bravas serpentes.
Chovam raios e raios, no seu rosto
Não hás de ver, Marília, o medo escrito:
O medo perturbador,
Que infunde o vil delito.
[...]
Eu tenho um coração maior que o mundo.
Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Eu tenho um coração maior que o mundo.
Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Um coração .... e basta,
Onde tu mesma cabes.
(TAG, MD, Parte II, Lira II)
Sobre o fragmento de texto de Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu, assinale a alternativa FALSA:
a) a interferência do mito na tessitura dos poemas, mantendo o poeta dentro dos padrões poéticos clássicos, impede-o de abordar problemas pessoais.
b) a interpelação feita a Marília muitas vezes é pretexto para o poeta celebrar sua inocência e seu destemor diante das acusações feitas contra ele.
c) a revelação sincera de si próprio e a confissão do padecimento que o inquieta levam o poeta a romper com o decálogo arcádico, prenunciando a poética romântica.
d) a desesperança, o abatimento e a solidão, presentes nas liras escritas depois da prisão do autor, revelam contraste com as primeiras, concentradas na conquista galante da mulher amada.
e) embora tenha a estrutura de um diálogo, o texto é um monólogo - só Gonzaga fala e raciocina.
16) (UF de Viçosa) - Marília de Dirceu, famosa obra arcádica brasileira, inspirada em Maria Dorotéia de Seixas Brandão, foi escrita por:
a) Manuel Inácio da Silva Alvarenga.
b) Inácio José de Alvarenga Peixoto.
c) Tomás Antônio Gonzaga.
d) José Basílio da Gama.
e) Cláudio Manuel da Costa.
17) (Ufpe) - Em Literatura, um grupo de escritores, no século XVIII, defendeu o bucolismo, a necessidade de revalorização da vida simples, em contato com a natureza. Estamos fazendo referência aos escritores do:
a) ROMANTISMO, para quem, encontrar-se com a natureza significava alargar a sensibilidade.
b) ARCADISMO, propondo um retorno à ordem natural, como na literatura clássica, à medida que a natureza adquire um sentido de simplicidade, harmonia e verdade.
c) REALISMO, fugindo às exibições subjetivas e mantendo a neutralidade diante daquilo que era narrado; as referências à natureza eram feitas em terceira pessoa.
d) BARROCO, movimento que valorizava a tensão de elementos contrários, celebrando Deus ou as delícias da vida nas formas da natureza.
e) SIMBOLISMO quando estes escritores se mostravam mais emotivos, transformando as palavras em símbolos dos segredos da alma. A natureza era puro mistério.
18) (Ufviçosa) - Sobre o Arcadismo no Brasil, podemos afirmar que:
a) produziu obras de estilo rebuscado, pleno de antíteses e frases tortuosas, que refletem o conflito entre matéria e espírito.
b) não apresentou novidades, sendo mera imitação do que se fazia na Europa.
c) além das características europeias, desenvolveu temas ligados à realidade brasileira, sendo importante para o desenvolvimento de uma literatura nacional.
d) apresenta, já, completa ruptura com a literatura europeia, podendo ser considerado a primeira fase verdadeiramente nacionalista da literatura brasileira.
e) presente sobretudo em obras de autores mineiros como Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga e Basílio da Gama, caracteriza-se como expressão da angústia metafísica e religiosa desses poetas, divididos entre a busca da salvação e o gozo material da vida.
19) (UF Viçosa) - Os autores de Vila Rica, Caramuru e Uruguai foram, respectivamente:
a) Cláudio Manuel da Costa, Santa Rita Jabotão e Graciliano Ramos.
b) Cláudio Manuel da Costa, J. de Santa Rita Durão e José Basílio da Gama.
c) Santa Rita Durão, Manuel Botelho de Oliveira e Adonias Filho.
d) José Basílio Gama, Nuno M. Pereira e Tomás Antônio Gonzaga.
e) Cônego Luís Vieira da Silva, Alvarenga Peixoto e Plínio Salgado.
20) (Ufviçosa) - Fazendo um paralelo entre Romantismo e Arcadismo, podemos concluir que:
a) o Arcadismo prenuncia o Romantismo, porque já apresenta ruptura radical com os cânones literários clássicos.
b) o Arcadismo antecede o Romantismo na evasão da realidade pelo sonho, pela fantasia e pelo mergulho nas profundezas do "eu".
c) o Romantismo prolonga aspectos do Arcadismo na idealização da natureza, da mulher e do amor.
d) o Romantismo dá continuidade ao Arcadismo na atração pelos conflitos entre a alma e a matéria.
e) o Arcadismo e o Romantismo perseguem o ideal de expressão livre de esquemas pré-estabelecidos.
21) (Ufviçosa) - Leia a estrofe de Tomás Antônio Gonzaga e faça o que se pede:
Os teus olhos espalham a luz divina,
A quem a luz do sol em vão se atreve;
Papoila ou rosa delicada e fina
Te cobre as faces, que são cor da neve.
Os teus cabelos são uns fios de ouro;
Teu lindo corpo bálsamo vapora.
Ah! não, não fez o Céu, gentil Pastora,
Para glória de amor igual Tesouro.
(TAG, MD, Parte I, Lira I)
Sobre a personagem central feminina, podemos afirmar que:
a) Marília é mostrada, ao mesmo tempo, como pessoa e como encarnação do Amor, como categoria absoluta.
b) Apesar da beleza deslumbrante da amada, não se verifica, na construção dessa personagem, qualquer idealização clássica da mulher.
c) O poeta dirige-se a Marília unicamente como sua noiva e futura esposa.
d) A beleza luxuriante de Marília contrasta com o ideal de serena fruição dos prazeres sadios da vida.
e) Marília, pela sua intensa sensualidade, representa o ideal de amante e não o de noiva ou esposa.
22) (Uelondrina) - Sou Pastor; não te nego; os meus montados
São esses, que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados.
Os versos acima são exemplos
a) do espírito harmonioso da poesia arcádica.
b) do estilo tortuoso do período barroco.
c) do refinamento e da ostentação da poesia parnasiana.
d) do intento nacionalista na poesia romântica.
e) do humor e do lirismo dos primeiros modernistas.
23) (Mackenzie) - Sobre o Arcadismo no Brasil, é incorreto afirmar que:
a) Cláudio Manuel da Costa, um de seus autores mais importantes, embora tenha assumido uma atitude pastoril, traz, em parte de sua obra poética, aspectos ligados à lírica camoniana.
b) em "Liras de Marília de Dirceu", Tomás Antônio Gonzaga não segue aspectos formais rígidos, como o soneto e a redondilha em todas as partes da obra.
c) nas "Cartas Chilenas", o autor satiriza Luís da Cunha Menezes por suas arbitrariedades como governador da capitania de Minas.
d) Basílio da Gama, em "O Uraguai", seguiu a rígida estrutura camoniana de "Os Lusíadas", usando versos decassílabos em oitava-rima.
e) "Caramuru" tem, como tema principal, o descobrimento da Bahia por Diogo Álvares Correia, apresentando, também, os rituais e as tradições indígenas.
24) (Mackenzie) - Assinale a alternativa que NÃO apresenta um trecho do Arcadismo brasileiro.
a) "Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes;
Se em frio, calma, e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno;"
b) "Destes penhascos fez a natureza
O berço em que nasci! oh quem cuidara,
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!"
c) "Musas, canoras musas, este canto
Vós me inspirastes, vós meu tenro alento
Erguestes brandamente àquele assento
Que tanto, ó musas, prezo, adoro tanto."
d) "Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel das paixões que me arrastava,
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim, quase imortal, a essência humana!"
e) "Não vês, Nise, este vento desabrido,
Que arranca os duros troncos ? Não vês esta,
Que vem cobrindo o Céu, sombra funesta,
Entre o horror de um relâmpago incendido?"
25) (FUB - SC) - Todos os autores abaixo, relacionados pertencem à escola mineira do Arcadismo, exceto:
a) José Basílio da Gama.
b) Eusébio de Matos.
c) Manuel Inácio da Silva Alvarenga.
d) Tomás Antônio Gonzaga.
e) Frei José de Santa Rita Durão.
26) (Cescea) - Entre outras características do Arcadismo, encontramos:
a) utilização, pelos poetas, de pseudônimos pastoris.
b) condenação do Barroco, que prevaleceu no século XVI, nas suas formas de cultismo e conceptismo.
c) a arte não deve ser concebida como imitação da natureza.
d) o cultismo e o conceptismo.
e) o subjetivismo e o egocentrismo.
27) (UF - PR) - "Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que vive de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelado e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!"
O autor dos versos é:
a) Gonçalves de Magalhães
b) Gonçalves Dias
c) Tomás Antônio Gonzaga
d) Álvares de Azevedo
e) Casimiro de Abreu

gabarito dos exercícios sobre arcadismo

1) c) arcádico

2) a) o bucolismo;
3) a) barroco - arcadismo - romantismo.

4) c) com a publicação dos poemas de Cláudio Manuel da Costa (em Lisboa) e pela fundação da Arcádia Ultramarina.
5) d) 1 e 3
6) d) Os poetas da época não se expressaram no gênero épico.
7) b) Na obra Cartas Chilenas, temos uma sátira contra a administração de Luís da Cunha Menezes.
8) b) despojada das ousadias sintáticas da estética anterior, com predomínio da ordem direta e de vocábulos de uso corrente.
9) c) o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à expressão intrincada a aos excessos do cultismo do Barroco.
10) d) as academias;
11) b) Tomás Antônio Gonzaga
12) b) 3, 1, 4, 5, 2
13) c) Arcadismo.
14) a) Ideal de ÁUREA MEDIOCITAS, que leva o poeta a exaltar o cotidiano prosaico da classe média.
15) a) a interferência do mito na tessitura dos poemas, mantendo o poeta dentro dos padrões poéticos clássicos, impede-o de abordar problemas pessoais.
16) c) Tomás Antônio Gonzaga.
17) b) ARCADISMO, propondo um retorno à ordem natural, como na literatura clássica, à medida que a natureza adquire um sentido de simplicidade, harmonia e verdade.
18) c) além das características europeias, desenvolveu temas ligados à realidade brasileira, sendo importante para o desenvolvimento de uma literatura nacional.
19) b) Cláudio Manuel da Costa, J. de Santa Rita Durão e José Basílio da Gama.
20) c) o Romantismo prolonga aspectos do Arcadismo na idealização da natureza, da mulher e do amor.
21) d) A beleza luxuriante de Marília contrasta com o ideal de serena fruição dos prazeres sadios da vida.
22) a) do espírito harmonioso da poesia arcádica.
23) d) Basílio da Gama, em "O Uraguai", seguiu a rígida estrutura camoniana de "Os Lusíadas", usando versos decassílabos em oitava-rima.
24) d) "Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel das paixões que me arrastava,
Ah! cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Em mim, quase imortal, a essência humana!"
25) c) Manuel Inácio da Silva Alvarenga.
26) a) utilização, pelos poetas, de pseudônimos pastoris.
27) c) Tomás Antônio Gonzaga

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Exercícios sobre Simbolismo com gabarito

1) Indique a única alternativa que apresenta os valores da estética simbolista:
a) A lógica, o mistério e a sensibilidade.
b) A intuição, a ciência e a sonoridade.
c) O ilógico, o simbolismo e o científico.
d) A intuição, a musicalidade e a espiritualidade.
e) A evidência, a coerência e o simbólico.
2) (Ucmg) - Das características da obra de Cruz e Souza indicadas abaixo, a única que, sendo de cunho pessoal, foge aos modelos simbolistas é:
a) culto da imprecisão, do misterioso e do vago.
b) exploração consciente da musicalidade das palavras.
c) lirismo impregnado de tom dramático e humanitário.
d) presença de vocabulário com palavras raras e expressivas.
e) tentativa de superação no transcendental e no místico.

3) (11594 Uelondrina) - Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do texto inicial.
Pode-se afirmar que a poesia ................. não teve, entre nós, a mesma repercussão que teve na Europa. De qualquer modo, essa poética voltada para as sonoridades, os amplos espaços, o Absoluto, o desejo do infinito, e estilisticamente apoiada em sinestesias, enumerações, assonâncias e aliterações, permitiu a ................. consagrar-se com seus versos.
a) pré-romântica - Casimiro de Abreu
b) pré-modernista - Raimundo Correia
c) neoclássica - Basílio da Gama
d) simbolista - Cruz e Sousa
e) parnasiana - Machado de Assis
4) (13746 Mackenzie) - "Ah! plangentes violões dormentes, mornos,
Soluços ao luar, choros ao vento...
Tristes perfis, os mais vagos contornos,
Bocas murmurejantes de lamento.
Sutis palpitações à luz da lua.
Anseio dos momentos mais saudosos,
Quando lá choram na deserta rua
As cordas vivas dos violões chorosos.
Quando os sons dos violões vão soluçando,
Quando os sons dos violões nas cordas gemem,
E vão dilacerando e deliciando,
Rasgando as almas que nas sombras tremem.
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas."
As estrofes anteriores, claramente representativas do_____ , não apresentam _____ .
Assinale a alternativa que completa corretamente AS DUAS lacunas anteriores.

a) Romantismo - sinestesia
b) Simbolismo - aliterações e assonâncias
c) Romantismo - musicalidade
d) Parnasianismo - metáforas e metonímias
e) Simbolismo - versos brancos e livres

5) (20432 Mackenzie) - Assinale a alternativa em que aparece um trecho do Simbolismo brasileiro.

a) Vejo através da janela de meu trem
os domingos das cidadezinhas,
com meninas e moças,
e caixeiros e caixeiros engomados que vêm olhar
os passageiros empoeirados dos vagões.
b) E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente se fabrica,...
c) Ai! Se eu te visse no calor da sesta
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas! ...
Ai! Se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos - palpitante o seio!
d) Eu amo os gregos tipos de escultura:
Pagãs nuas no mármore entalhadas;
Não essas produções que a estufa escura
Das normas cria, tortas e enfezadas.

e) Brancuras imortais da Lua Nova,
frios de nostalgia e sonolência...
Sonhos brancos da Lua e viva essência
dos fantasmas noctívagos da Cova.

6) (11282 Fuvest) - "Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila,
- Perdida voz que de entre as mais se exila,
- Festões de som dissimulando a hora."
Os versos anteriores são marcados pela presença ....................... e pela predominância de imagens auditivas, o que nos sugere a sua inclusão na estética ...................... .
Assinale a alternativa que completa os espaços.

a) da comparação - romântica
b) da aliteração - simbolista
c) do paralelismo - trovadoresca
d) da antítese - barroca
e) do polissíndeto - modernista

7) (7831 Uelondrina) - Identifique os versos tipicamente simbolistas de Cruz e Sousa.
a) Adeus! ó choça do monte!...
Adeus! palmeiras da fonte!...
Adeus! amores... adeus!...
b) Rei é Oxalá que nasceu sem se criar.
Rainha é Iemanjá que pariu Oxalá sem se manchar.
c) Minhas ideias abstratas
De tanto as tocar, tornaram-se concretas.
São rosas familiares
Que o tempo traz ao alcance da mão.
d) Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
e) Nessa Amplidão das Amplidões austeras
chora o Sonho profundo das Esferas
que nas azuis Melancolias morre...

8) (13804) - Subjetivismo, valorização do inconsciente e do subconsciente, busca do vago, do diáfano, musicalidade, sugestão são características da poesia:
a) romântica.
b) barroca.
c) árcade.
d) simbolista.
e) parnasiana.

9) (Udesc) - Leia atentamente os textos a seguir:
I- Quando será que tantas almas duras
Em tudo, já libertas, já lavadas
Nas águas imortais, iluminadas

Do sol do amor, hão de ficar bem puras?
Quando será que as límpidas frescuras
Dos claros rios de ondas estreladas
Dos céus do bem, hão de deixar clareadas
Almas vis, almas vãs, almas escuras?
(Cruz e Souza. POESIAS COMPLETAS. São Paulo, Ediouro, s/d, p.93.)
II- "Não acredito em bicho maligno mas besouro, não sei não. Olhe o que sucedeu com a Rosa... Dezoito anos. E não sabia que os tinha. Ninguém reparara nisso. Nem dona Carlotinha, nem dona Ana, entretanto já velhuscas e solteironas, ambas quarenta e muito. Rosa viera pra companhia delas aos sete anos quando lhe morreu a mãe. Morreu ou deu a filha que é a mesma coisa que morrer."
(OS MELHORES CONTOS DE MARIO DE ANDRADE. São Paulo, Global, 1988, p.17.)
Em relação aos fragmentos apresentados, assinale com V as proposições verdadeiras e com F as falsas.
( ) Por suas características estilísticas, os versos de Cruz e Souza pertencem ao Simbolismo e o texto de Mário de Andrade, ao Modernismo.
( ) O Simbolismo brasileiro apresenta conteúdo carregado de mistério, misticismo, sonoridade e espiritualidade.
( ) No Simbolismo o lirismo é altamente objetivo, apresentando cunho político-social.
( ) Os textos do Modernismo apresentam, além de linguagem cotidiana e dinâmica, frases despojadas.
A alternativa que apresenta sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
a) V, F, F, V
b) V, V, F, F
c) V, V, F, V
d) F, F, V, V
e) V, F, V, V

10) (9714 Mackenzie) - Assinale a alternativa que não se refere ao Simbolismo.
a) Na busca de uma linguagem exótica, colorida, musical, os autores não resistem, muitas vezes, à idéia de criar novos termos.
b) Ocorre grande interesse pelo individual e pelo metafísico.
c) Há assuntos relacionados ao espiritual, místico, religioso.
d) Nota-se o emprego constante de aliterações e assonâncias.
e) Busca-se uma poesia formalmente perfeita, impassível e universalizante.

Gabarito dos exercícios de simbolismo

1-D, 2-E, 3-D, 4-E, 5-E, 6-B, 7-E, 8-D, 9-C, 10-E

Para exercitar as classes gramaticais.


Exercícios de substantivo com gabarito

1) (Pucmg 1997) - Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo destacado não implique a possibilidade de mudança de sentido do enunciado.
 
a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade.
Belo Horizonte já foi uma cidade LINDA.
b) Filho MEU não irá para o exército.
MEU filho não irá para o exército.
c) Meu carro NOVO é maior.
Meu NOVO carro é maior.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa.
Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada.
Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada.

Gabarito: A
2) (Cesgranrio 1992) - O NOVO PLANETA DOS HOMENS
1 Uma recente pesquisa americana, concluída em 1985, busca apreender as reações e os sentimentos dos homens após vinte anos de emancipação feminina, para daí projetar a provável tendência futura da vida entre os sexos. O livro COMO OS HOMENS SE SENTEM, do jornalista Anthony Astrachan, aposta numa "revolução masculina irreversíveis, que teria se iniciado na década de 70, impulsionada por dez anos de avanço feminino. O autor faz uma minuciosa análise das consequências, para o homem, da entrada da mulher nos vários setores da sociedade: indústria, serviços, exército, mundo empresarial e profissões liberais. Ele conclui que a revolução feminina efetivamente gerou reformulações profundas nos papéis sociais e na identidade masculina, às custas de um alto preço efetivo e emocional.
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: "É possível que os homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos." Mas, observa o autor, ao mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado um "novo homem". Para o homem, abordar o terreno feminino é "desvirilizante", ao passo que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto "é ainda um fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada".
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se arriscam: "O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma revolução permanente", diz o escritor Sérgio Sant'Anna. Ele vê, ainda, mudanças na família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, "as pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões conservadores". Mas adverte: "Essa não é uma transformação que se dê ao nível ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais profundas."
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que a definição virá na próxima década, Rose finaliza: "Hoje a mulher não é mais a imagem do desejo alheio, (...) mas é sujeito de seu próprio desejo." Mas tudo isso não esconde uma mágoa: "(...) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre."
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua crença na potência criativa do desejo humano: "O que eu vejo hoje é uma aliança entre homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher."
(Yudith Rosenbaum, Revista LEIA, nŽ 128, 1989, p. 36-38, com adaptações.)
Em qual das opções há uma análise ERRADA quanto à variação nominal de gênero ou de número?
 
a) homem - mulher
Substantivos que indicam oposição semântica de sexo através de vocábulos distintos.
b) jornalista - amante
Substantivos com uma só forma para os dois gêneros.
c) o rapaz ALEMÃO - a moça ALEMÃ
Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais.
d) muito frio - friíssimo
Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético.
e) vice-diretor - beija-flor
Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento.

Gabarito: C
3) (Ita 1995) - As questões a seguir referem-se ao texto adiante. Analise-as e assinale, para cada uma, a alternativa incorreta.
Hino Nacional
Carlos Drummond de Andrade
Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
com a água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.
05 Precisamos colonizar o Brasil.
Precisamos educar o Brasil.
Compraremos professores e livros,
assimilaremos finas culturas,
abriremos 'dancings' e
[subconvencionaremos as elites.
10 O que faremos importando francesas
muito louras, de pele macia
alemãs gordas, russas nostálgicas para
'garçonettes' dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
15 Não convém desprezar as japonesas...
Cada brasileiro terá sua casa
com fogão e aquecedor elétricos, piscina,
salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.
20 Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores
do que quaisquer outras; nossos erros
[também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes
[paixões...
25 os Amazonas inenarráveis... os incríveis
[João-Pessoas...
Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil caber tanto oceano
[e tanta solidão
no pobre coração já cheio de
[compromissos...
se bem que seja difícil compreender o que
[querem esses homens,
30 por que motivo eles se ajuntaram e qual a
[razão de seus sofrimentos.
Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão
[despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis
[carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
35 Nosso Brasil é o outro mundo. Este não é o
[Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os
[brasileiros?
 
a) 'Escondido' (v. 2) pode ser substituído por 'olvidado', embora modifique o sentido.
b) 'Fidelíssimo' (v. 14) tem o mesmo radical de 'fidelidade' e de 'fidedigno'.
c) 'Piscina' (v. 17) tem o mesmo radical de 'piscicultura'.
d) 'Bem' (v. 27) tem valor de superlativo.
e) O texto não foi transcrito em obediência à ortografia vigente.
Gabarito: D
Posted: 25 Jan 2012 05:53 AM PST


Ainda é bastante importante estudar Gramática Normativa para o vestibular. Neste post vocês encontrarão três exercícios sobre substantivo com gabarito. Estudem.

Exercícios sobre substantivo com gabarito

1) (Unitau 1995) - "Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram.
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane."
(Roberto Romano, excerto do texto "Salários de Senadores e legitimidade do Estado", publicado na Folha de São Paulo, 17/10/1994, 1Ž caderno, página 3)
Em:
I - CERTAS instituições encontram sua autoridade na palavra divina.
II - Instituições CERTAS encontram caminho no mercado financeiro.
As palavras, em destaque, são, no plano morfológico e semântico (significado)
 
a) adjetivo em I e substantivo em II, com significado de "algumas" em I e "corretas" em II.
b) substantivo em I e adjetivo em II, com significado de "muitas" em I e "íntegras" em II.
c) advérbio em I e II, com significado de "algumas" em I e "algumas" em II.
d) adjetivos em I e II, com significado de "algumas" em I e "íntegras" em II.
e) advérbio em I e adjetivo em II, com significado de "poucas" em I e "poucas" em II.

Gabarito do exercício 1: D
2) (FAAP 1996) - SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
Na segunda estrofe há dois adjetivos:
 
a) calma e vento
b) olhos e chama
c) última e imóvel
d) paixão e pressentimento
e) momento e drama
Gabarito do exercício 2: C
3) (Uelondrina 1994) - Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Elas ficaram ...... impressionadas com seus poderes ...... .
 
a) meio - supra-sensoriais
b) meias - supras-sensoriais
c) meio - supras-sensoriais
d) meias - supra-sensorial
e) meio - supra-sensorial

Gabarito do exercício 3: A

Mais um texto de Luís Fernando Veríssimo.

Exercício de interpretação com texto “O Recital”

O recital
Uma boa maneira de começar um conto é imaginar uma situação rigidamente for­mal - digamos, um recital de quarteto de cordas - e depois começar a desfiá-la, como um pulôver velho. Então, vejamos. Um recital de quarteto de cordas.
O quarteto entra no palco sob educados aplausos da seleta plateia. São três homens e uma mulher. A mulher, que é jovem e bonita, toca viola. Veste um longo vestido preto. Os três homens estão de fraque. Tomam os seus lugares atrás das partituras. Da esquer­da para a direita: um violino, outro violino, a viola e o violoncelo. Deixa ver se não esque­ci nenhum detalhe. O violoncelista tem um grande bigode ruivo. Isto pode se revelar importante mais tarde, no conto. Ou não.
Os quatro afinam seus instrumentos. Depois, silêncio. Aquela expectativa nervosa que precede o início de qualquer concerto. As últimas tossidas da plateia. O primeiro vio­linista consulta seus pares com um olhar discreto. Estão todos prontos, o violinista colo­ca o instrumento sob o queixo e posiciona seu arco. Vai começar o recital. Nisso...
Nisso, o quê? Qual é a coisa mais insólita que pode acontecer num recital de um quarteto de cordas? Passar uma manada de zebus pelo palco, por trás deles? Não. Uma manada de zebus passa, parte da plateia pula das suas poltronas e procura as saídas em pânico, outra parte fica paralisada e perplexa, mas depois tudo volta ao normal. O quar­teto, que manteve-se firme em seu lugar até o último zebu - são profissionais e, mesmo, aquilo não pode estar acontecendo -, começa a tocar. Nenhuma explicação é pedida ou oferecida. Segue o Mozart.
Não. E preciso instalar-se no acontecimento, como a semente da confusão, uma pequena incongruência. Algo que crie apenas um mal-estar, de início, e chegue lentamen­te, em etapas sucessivas, ao caos. Um morcego que pousa na cabeça do segundo violi­nista durante um pizzicato. Não. Melhor ainda. Entra no palco um homem carregando uma tuba.
Há um murmúrio na plateia. O que é aquilo? O homem entra, com sua tuba, dos bastidores. Posta-se ao lado do violoncelista. O primeiro violinista, retesado como um mergulhador que subitamente descobriu que não tem água na piscina, olha para a tuba entre fascinado e horrorizado. O que é aquilo? Depois de alguns instantes em que a ten­são no ar é como a corda de um violino esticada ao máximo, o primeiro violinista fala:
- Por favor...
- O quê? - diz o homem da tuba, já na defensiva. - Vai dizer que eu não posso ficar aqui?
- O que o senhor quer?
- Quero tocar, ora. Podem começar que eu acompanho.
Alguns risos da plateia. Ruídos de impaciência. Ninguém nota que o violoncelista olhou para trás e quando deu com o tocador de tuba virou o rosto em seguida, como se quisesse se esconder. O primeiro violinista continua:
- Retire-se, por favor.
- Por quê? Quero tocar também.
O primeiro violinista olha nervosamente para a plateia. Nunca em toda a sua car­reira como líder do quarteto teve que enfrentar algo parecido. Uma vez um mosquito entrou na sua narina durante uma passagem de Vivaldi. Mas nunca uma tuba.
- Por favor. Isto é um recital para quarteto de cordas. Vamos tocar Mozart. Não tem nenhuma parte para a tuba.
- Eu improviso alguma coisa. Vocês começam e eu faço o um-pá-pá.
Mais risos da plateia. Expressões de escândalo. De onde surgiu aquele homem com uma tuba? Ele nem está de fraque. Segundo algumas versões veste uma camiseta do Vasco. Usa chinelos de dedo. A violista sente-se mal. O violinista ameaça chamar alguém dos bastidores para retirar o tocador de tuba à força. Mas ele aproxima o bocal do seu ins­trumento dos lábios e ameaça:
- Se alguém se aproximar de mim eu toco pof.
A perspectiva de se ouvir um pof naquele recinto paralisa a todos.
- Está bem - diz o primeiro violinista. - Vamos conversar. Você, obviamente, entrou no lugar errado. Isto é um recital de cordas. Estamos nos preparando para tocar Mozart. Mozart não tem um-pá-pá.
- Mozart não sabe o que está perdendo - diz o tocador de tuba, rindo para a plateia e tentando conquistar a sua simpatia.
Não consegue. O ambiente é hostil. O tocador de tuba muda de tom. Torna-se ameaçador:
- Está bem, seus elitistas. Acabou. Onde é que vocês pensam que estão, no século XVIII? Já houve dezessete revoluções populares depois de Mozart. Vou confiscar estas partituras em nome do povo. Vocês todos serão interrogados. Um a um pá-pá.
Torna-se suplicante:
- Por favor, só o que eu quero é tocar um pouco tam­bém. Eu sou humilde. Não pude estudar instrumento de corda. Eu mesmo fiz esta tuba, de um Volkswagen velho. Deixa...
Num tom sedutor, para a violista:
- Eu represento os seus sonhos secretos. Sou um produto da sua imaginação lúbrica, confessa. Durante o Mozart, neste quarteto antisséptico, é em mim que você pensa. Na minha barriga e na minha tuba fálica. Você quer ser violada por mim num allegro assai, confessa...
Finalmente, desafiador, para o violoncelista:
- Esse bigode ruivo. Estou reconhecendo. É o mesmo bigode que eu usava em 1968. Devolve!
O tocador de tuba e o violoncelista atracam-se. Os outros membros do quarteto entram na briga. A plateia agora grita e pula. E o caos! Simbolizando, talvez, a falência final de todo o sistema de valores que teve início com o Iluminismo europeu ou o triunfo do instinto sobre a razão ou, ainda, uma pane mental do autor. Sobre o palco, um dos resultados da briga é que agora quem está com o bigode ruivo é a violista. Vendo-a assim, o tocador de tuba para de morder a perna do segundo violinista, abre os braços e grita: "Mamãe!"
Nisso, entra no palco uma manada de zebus.
VERÍSSIMO, Luís Fernando. O analista de Bagé. São Paulo: Círculo do Livro, s. d.
O narrador assume no texto uma voz explícita, que expõe ao leitor vários procedimentos e dúvidas referentes ao desenvolvimento da história. Utilize esses momentos da narrativa para demonstrar que um texto é sempre fruto de intenções e projetos de quem o produz.
"Isto poderia se revelar importante mais tarde, no conto. Ou não."
- Qual elemento é retomado pelo pronome isto?
- Comente a importância desse elemento em duas passagens posteriores: depois do primei­ro diálogo entre o homem da tuba e o líder do quarteto e antes da confusão que antece­de a entrada dos zebus.
"Nisso..." O que prepara essa palavra? Você, leitor, o que passa a esperar depois que a lê? E o narrador, que faz depois de enunciá-la?
O quarto parágrafo parece ser uma digressão, ou seja, um momento em que o texto foge ao tema principal. Depois da leitura do texto inteiro, essa impressão continua? Qual a importância real desse parágrafo para a estrutura do texto?
O quinto parágrafo nos mostra como deve ser o desenvolvimento de um conto. Relacione o que se diz nesse parágrafo com a série de acontecimentos que o seguem.
Aponte, no penúltimo parágrafo, o momento em que o texto avalia aquilo que está sendo nar­rado. Que tipo de linguagem é então utilizado?
O desfecho do texto é surpreendente? Relacione esse desfecho com o que é dito no quarto e no quinto parágrafos. Não deixe de levar em conta aquilo que o narrador havia concluído anteriormente sobre a manada de zebus.
O texto nos apresenta um universo em que muitas coisas se mostram diferentes do que deter­mina a lógica do cotidiano. Pensando nisso, comente:
- o valor do argumento colocado pelo homem da tuba ("Se alguém se aproximar de mim eu toco pof”) para evitar a aproximação de quem o quisesse retirar de cena.
- a linguagem utilizada pelo homem da tuba na sequência em que se torna ameaçador (parágrafo 23), suplicante (parágrafo 25) e sedutor (parágrafo 27).
- a ambiguidade da passagem "Mas nunca uma tuba" no parágrafo em que o primeiro violinista se recorda de situações difíceis anteriores.
Utilize o conhecimento adquirido sobre o texto "O recital" para comprovar que um texto é um todo estruturado e não uma mera justaposição de partes desconexas.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Filme:A bússola de ouro

Interpretação do filme: “A bússola de Ouro”

  1. Reveja as “falas” iniciais do filme:

“Existem mundos como o seu, onde as almas das pessoas habitam nos seus corpos. E mundos como o meu, onde as almas caminham ao nosso lado como espíritos animais a que chamamos dimons.”

Agora, veja estes verbetes retirados do dicionário eletrônico Michaelis:

al.ma
s. f. 1. Princípio de vida. 2. Teol. Substância incorpórea, imaterial, invisível, criada por Deus à sua semelhança; fonte e motor de todos os atos humanos. 3. Pessoa considerada como dotada de afetos e paixões: É boa alma (= pessoa boa). 4. Artilh. Interior do cano de uma arma de fogo. 5. Pop. Assombração, fantasma, visagem. S. f. pl. Habitantes: Esta cidade tem mais de um milhão de almas.

cons.ci.ên.cia
s. f. 1. Capacidade que o homem tem de conhecer valores e mandamentos morais e aplicá-los nas diferentes situações. 2. Rel. Testemunho do nosso espírito, aprovando ou reprovando os nossos atos. 3. Cuidado escrupuloso. 4. Honradez, retidão. 5. Conhecimento.

a)      Qual dos significados da palavra “alma” encontrados no dicionário pode ser associado à palavra alma citada no filme?


b)      Qual a semelhança que havia entre os “dimons” do filme e a alma como a conhecemos? Relate algum episódio que comprove a sua resposta.


c)      Embora, no filme, os dimons estivessem associados à alma, em determinados momentos poderíamos muito bem associá-los à consciência. Releia o significado da palavra consciência e relate um episódio do filme em que o “dimon” agia como se fosse a consciência da pessoa a que estava ligado.


2. Relembre outra passagem do filme:

“No meu mundo inventaram uma bússola que mostrava tudo que estava escondido, mas os regentes temendo todas as verdades, exceto a sua, destruiu estes instrumentos.”

O filme, na sua essência, gira em torno do tema implícito na passagem acima: a questão da censura, ou melhor, do controle da população.

Agora, leia o trecho abaixo retirado de uma revista de informação.

Quando VEJA nasceu, em setembro de 1968, o país vivia sob a sombra da ditadura. Além de negarem à população o direito de escolher seus governantes, os militares atacaram outro pilar da democracia: o direito à informação. Uma rede de censores foi formada para monitorar os grandes veículos de informação.
[...]
Depois do AI-5, a mão da censura foi ficando mais pesada. No início dos anos 70, a redação de VEJA recebia, todos os meses, um índex preparado pela Polícia Federal com os assuntos proibidos de ser tratados em reportagens.
[...]
As perdas foram enormes. Nos dois anos e quatro meses em que VEJA esteve sob tutela, foram vetadas 10352 linhas de texto, 44 fotos, vinte ilustrações, além de quatro anúncios comerciais.
[...]
Que esse erro jamais se repita no Brasil.

Veja 40 anos /SETEMBRO DE 2008, p.241

a)      Na sua opinião, por que os “governantes” escondem a verdade das pessoas?


b)      Você acredita que, atualmente, haja o controle de informações em nosso país? Por quê?


c)      No filme, o que os “regentes” poderiam perder caso a verdade fosse revelada ao povo?


d)     Você gostaria que, no Brasil, os meios de comunicação fossem controlados pelo governo? Por quê?


e)      Se você governasse um país, gostaria de ter o controle de todos os meios de comunicação? Por quê?


f)       Na sua opinião, e que a censura prejudicou o país na época mencionada no trecho da revista? Justifique.

3. Reveja esse trecho de conversa entre os membros do “Magesterium”

- Os acadêmicos se recusam a entregar o último Alethiometro (Bússola dourada). E agora deram ao Asriel todos os fundos de que ele precisa.
- Se ele conseguir provar a existência destes outros mundos, vai contrariar séculos de ensino.
- Haverá sempre livres pensadores e hereges

Agora, discuta com seus colegas e, se possível, com a professora de História sobre conhecimentos que foram modificados através dos tempos, como, por exemplo, a idéia de que a Terra era plana.. Depois, discutam o porquê das pessoas terem tanta resistência em conhecer coisas novas.


4. Releia:

Os doutores em Bolvangar estão perto de aperfeiçoar a vacina contra os efeitos da Poeira.
Se conseguirmos proteger as nossas crianças da má influência da Poeira, antes que os seus dimons atinjam a maturidade, então teremos gerado uma geração que estará em paz consigo própria.
Uma geração que não voltará a questionar a nossa autoridade. Devemos isso aos jovens, não é?
a) Novamente, associando, a palavra “dimons” à palavra “consciência”, reflita: Por que a vacina era destinada às crianças e não aos adultos?


b) Que fala dos membros do “Magisterium”, citada acima, mostra que eles realmente acreditavam estar fazendo o bem para as crianças?


Sugestão. Quem gostou do tema tratado no filme pode ler: “A droga da obediência” de Pedro Bandeira. (Num clima de muito mistério e suspense, cinco estudantes – os Karas – enfrentam uma macabra trama internacional: o sinistro Doutor Q.I. pretende subjugar a Humanidade aos seus desígnios através de uma perigosa droga que está sendo testada em alunos dos melhores colégios de São Paulo...)


5. Reveja este diálogo entre Lyra e a Sra. Coulter:

Lyra: - Para que serve o Magesterium?
Sra. Coulter: - O Magesterium é aquilo que as pessoas precisam. Mantém as coisas funcionando, dizendo às pessoas o que fazer.
Lyra: - Mas... você disse ao Mestre que fazia aquilo que queria.
Sra. Couter: - Pois é, menina esperta. Bem... algumas pessoas sabem o que é melhor para elas, outras não. Além disso... eles não dizem às pessoas o que fazer duma maneira rude. Dizem-lhes o que fazer duma forma gentil. Para os manter fora de perigo.

a)      Podemos dizer que a fala da Sra. Coulter revela que a mesma tem a personalidade de um “ditador”? Justifique.


Leia agora um trecho de reportagem publicada na revista VEJA:

[...] Uma pesquisa CNT/Sensus ouviu 3000 pessoas de 24 estados brasileiros, entre pais, alunos e professores de escolas públicas e particulares. Sua conclusão nesse particular é espantosa. Os pais (61%) sabem que os professores fazem discursos politicamente engajados em sala de aula e acham isso normal. Os professores, em maior proporção, reconhecem que doutrinam mesmo as crianças e acham que isso é sua missão principal – algo muito mais vital do que ensinar a interpretar um texto ou ser um bamba em matemática. Para 78% dos professores, o discurso engajado faz sentido, uma vez que atribuem à escola, antes de tudo, a função de “formar cidadãos” – à frente de “ensinar a matéria” ou “preparar as crianças para o futuro”.[...]

Revista VEJA, 20 de agosto de 2008. p.78 – 79

b)      O que há de comum entre o trecho da revista e o diálogo retirado do filme?


c)      Na sua opinião a escola deve dar mais atenção à doutrinação das crianças (formar cidadãos) ou à transmissão dos conteúdos? Justifique.


6. No filme, o urso trabalhava para receber uísque como pagamento. Segundo ele, o povo da cidade havia lhe dado bebida, fazendo com que ele adormecesse para tirarem-lhe a armadura. E sem a armadura ele não podia lutar.
a) Na sua opinião, por que as pessoas se tornam dependentes do álcool?


b) Você acha que o governo está sendo autoritário ao instituir a “Lei Seca”, uma vez que a mesma proíbe as pessoas de dirigirem alcoolizadas? Justifique.


7. Pelo filme, para ser rei, os ursos usavam como arma a força. Seria rei quem vencesse o outro em uma luta.
a) E nas nossas eleições, quais são as principais armas dos candidatos (dinheiro, propostas, amizade...)?


b) Para você, quais são as características de um bom candidato?


9. A Sr. Coulter disse a Lyra que alguns antepassados haviam desobedecido à autoridade. E isso havia feito o “pó” vir ao mundo. Mas o “pó” não assentava em crianças inocentes.

Agora, veja este verbete retirado do dicionário eletrônico Michaelis:
i.no.cen.te
adj. m. e f. 1. Que não é culpado. 2. Que não causa mal; inofensivo. 3. Isento de malícia. 4. Singelo, ingênuo. 5. Idiota, imbecil. S. m. e f. Pessoa que tem inocência.
a)      Qual dos significados da palavra “inocente” foi o pretendido pela Sra. Coulter?


b)      De acordo com o que vimos no filme, qual seria o significado adequado da palavra “inocente” para a fala da Sra. Coulter?

10. De acordo com o filme, por que a Sra. Coulter não deixou que Lyra fosse separada de seu dimon?


11. Por que Lyra não quis ir embora com as outras crianças no (final do filme)?



12. A feiticeira disse, ao final do filme, que aproximava-se uma guerra: A guerra pelo livre arbítrio.
Você acha que vale a pena entrar em uma guerra por esse motivo? Justifique